Call for Papers Dossiê «Gender is Dead. Pink is Forever. Identidades de gênero, diferenças e culturas do-it-yourself»
Editores convidados:
Simone Pereira de Sá, UFF, Brasil
Paula Guerra, Universidade do Porto, Portugal
Jeder Janotti Júnior, UFPE, Brasil
A relação das artes e da música com as esferas sociais, culturais e políticas compõem uma plataforma de investigação bastante fecunda, assim como nos oferece a possibilidade de consolidação de um domínio de conhecimento que responda aos desafios e mudanças sociais criadas pelas novas tecnologias, assim como as reconfigurações de identidade, gênero, estilo de vida, espacialidade, classe social, idade e etnia e diferença. Este domínio do conhecimento é, sem dúvida, alicerçado na cultura das redes, dos fluxos e das transações que caracterizam os art worlds, os campos e as cenas musicais e artísticas contemporâneas.
Neste contexto, torna-se crucial discutir a invisibilidade das mulheres quando o passado se torna história, nomeadamente nas esferas underground. Para certos autores, um dos motivos é o fato de as mulheres não estarem envolvidas no processo de preservação e, por outro lado, uma incapacidade de controlarem a linguagem e os símbolos usados para reproduzir as estruturas de poder. Aproveitando este ensejo e tomando em consideração a temática das identidades de gênero, diferenças e as suas relações com as culturas do-it-yourself (DIY) — os editores deste número propõem a submissão de propostas no âmbito desse conjunto de temas e problemas, destacando, dentre outras, as seguintes linhas de abordagem:
• O papel/importância de espaços/lugares/territórios de gênero nas cenas musicais – underground, periféricas e/ou das culturas DIY – a nível local, translocal e virtual.
• Gênero, migrações, diásporas, deslocamentos, refugiados e movimentos artísticos e musicais.
• Cidades, a resistência contracultural contemporânea e o gênero.
• Cenas musicais e seus novos atores no cruzamento do gênero e dos movimentos LGBTQI+.
• O papel do gênero nos mecanismos locais, translocais e virtuais de produção, intermediação e consumo musical.
• Desenvolvimentos na teoria social relativos a gendered art worlds, campos musicais, campos artísticos e cenas locais, translocais e virtuais.
• A crítica das noções de subculturas, pós-subculturas, tribos e neo-tribos a partir dos debates de gênero.
• Microeconomias urbanas, carreiras DIY e gênero: economias alternativas e empreendedorismo musical, artístico e cultural.
• Pedagogias e intervenções fundadas no DIY artístico-musical, na igualdade de gênero e na justiça social.
Prazo Limite para a Entrega dos Artigos: 15 de fevereiro de 2019
Diretrizes para os autores: http://www.contracampo.uff.br/index.php/revista/about/submissions#authorGuidelines