Tipo Mestrado
Ano 2014
Orientador Prof. Dr. Antônio Ribeiro de Oliveira Junior
Título A favela que não cabia na fotografia: limites da representação
Resumo Por meio da realização de fotografias e produtos audiovisuais realizados no âmbito de
diferentes projetos sociais que trabalham numa perspectiva de democratização da
comunicação, jovens moradores de favelas e espaços populares vêm nos últimos anos,
disputando de forma desigual com a mídia tradicional o direito de representarem a si
mesmos, seus vizinhos e suas comunidades. Valorizando assim suas identidades, sua
autoestima suas relações e seus lugares de origem. Lembrando que esses lugares são na
maioria das vezes representados como espaços de negação da civilidade e da cidadania.
Quase sempre prevalece uma visão binária e redutora que coloca as favelas e os espaços
populares em oposição à cidade. Entre estes projetos destaca-se o Projeto Olho Vivo,
realizado pela ONG Bem TV no Morro do Preventório em Niterói-RJ, que teve início em
2003. Partindo de uma revisão histórica das representações sociais que circulam e se
fixaram em torno das favelas desde sua “origem” chegamos até a produção fotográfica
dos jovens moradores do Morro do Preventório. Fotografias documentais, artísticas,
experimentais, ou tudo isso ao mesmo tempo. Vida que segue. Predominam os retratos de
gente que vive sem virar notícia, gente que tem história e memória. Abre-se a paisagem,
mas também as portas das casas, o íntimo. Olhares que colocam novas representações em
disputa.