Título: Casa e vizinhança: modos de engajamento – cinema brasileiro contemporâneo e práticas moradoras
Tipo: Doutorado
Ano: 2019
Orientador: Cezar Migliorin
Link para acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15459
Resumo
Esta pesquisa se faz na companhia de filmes brasileiros contemporâneos que elaboram suas formas a partir de uma implicação expressiva com os territórios filmados. O cinema se torna ato coengendrado a inúmeras outras tarefas envolvidas na elaboração do morar: a imagem é prática moradora que se articula a outras práticas moradoras. O morar é um gesto que pode concernir ao cinema, segundo distintos procedimentos, seja em trabalhos que salientam uma relação mais direta entre a imagem e a ação moradora no presente, seja na pesquisa de formas de compartilhamento com os sujeitos moradores e filmados, seja ainda no empenho em traçar estratégias imaginativas que especulam sobre o morar e são capazes de devolver à vida cotidiana uma potente energia, de matriz estética e política. Casa e vizinhança geram, a cada filme, distintas maneiras de se engajar no presente e no território. Por meio de uma operação de escuta, a empreitada da pesquisa se situa em perceber como os filmes flexionam essas palavras, que designam, inicialmente, espaços, lugares, em direção a perspectivas que engendram modos: de fazer cinema e de fazer morada, juntos e indissociáveis. As obras que nos fazem companhia são as seguintes: Casa da Vovó (2008), de Victor de Melo; Ficar me trouxe até aqui (2016), de Renata Cavalcante; Ela volta na quinta (2014) e Quintal (2015), de André Novais Oliveira; Europa (2011), Mauro em Caiena (2012) e A Festa e os Cães (2015), de Leonardo Mouramateus; A vizinhança do tigre (2014), de Affonso Uchoa; Na missão, com Kadu (2016), de Pedro Maia de Brito, Aiano Bemfica, Kadu Freitas; A cidade é uma só? (2011) e Branco sai preto fica (2014), de Adirley Queirós.