Tipo Doutorado
Ano 2015
Orientador PROF.ª DR.ª MARIA PAULA SIBILIA
Título AMORES À (PRIMEIRA) VISTA: GERENCIANDO OS RELACIONAMENTOS NA ERA DOS CASAMENTOS-RELÂMPAGO
Resumo O presente trabalho tem como proposta, a partir do diálogo com autores da comunicação, da sociologia e da filosofia, sobretudo, fazer um percurso genealógico por algumas das práticas e dos discursos em torno dos modos de amar no cenário contemporâneo, hiperconectado e hiperestimulado visualmente. Num momento em que a rede passa a definir os modos de viver atuais, pensamos as novas arquiteturas do amor a partir da aceleração, multiplicação e simultaneidade dos contatos, todas variáveis dos relacionamentos em rede – no qual se está, pelo menos em potencial, com muitos outros, e não mais com apenas um, como informava o paradigma romântico, em que se estava unido a um amor para a toda a vida. Abordamos inicialmente o encurtamento das durações das parcerias e a circulação de um corpo a outro, voltando-nos, em seguida, aos amores virtuais, assim como às novas autonomias e distâncias entre os parceiros na ambígua persistência do casamento como instituição vital. Posteriormente, fazemos um passeio pelo poliamor, uma nova configuração amorosa que permite se ligar a mais de um simultaneamente. Em seguida, desenvolvemos uma discussão sobre a produção de um discurso sobre certa biologização do amor, colocando em xeque os ideais românticos, buscando pensá-lo em meio a uma necessidade crescente de administração da vida a partir de noções de empresariamento de si, articulados à construção de uma imagem. Tomaremos como paradigmático do nosso estudo o caso das celebridades, que protagonizam histórias de casamentos-relâmpago. Alguns desses “enredos amorosos”, inventados para existirem com o fim de serem exibidos, fazendo parte de suas estratégias pessoais de administração de si como imagem e num jogo com as publicações do nicho, para se venderem também como imagem. Tem-se como hipótese a ideia de que os casamentos-relâmpago das celebridades revelam de modo exemplar alguns dos modos contemporâneos de vivenciar e subjetivar nossas experiências amorosas

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