Tipo Mestrado
Ano 2018
Orientador MARCO ANTÔNIO ROXO DA SILVA
Título A “RALÉ” DO TELEJORNALISMO O jornalista amador na produção da notícia e os limites da autoridade jornalística na televisão
Resumo A tecnologia impactou a produção telejornalística brasileira, alterando o modo como a imagem passou a ser pensada e captada. Ao longo dos anos, o desenvolvimento dos equipamentos de filmagem permitiu não somente a mobilidade das equipes de reportagem tradicionais, mas também ampliou a oferta de imagens produzidas por agentes externos às redações dos telejornais. Embora seja interessante para as emissoras de televisão, pelo potencial para atrair a audiência, a produção de cenas impactantes pôs em disputa jornalistas diplomados e não-diplomados. Enquanto os primeiros procuram demarcar sua distinção e autoridade pelo ensino acadêmico, os segundos reclamam seu pertencimento ao campo do jornalismo pelo exercício profissional e prestação de serviço público, principalmente na produção das notícias factuais relacionadas à violência urbana. Essas disputas deram origem aos denominados “jornalistas amadores”, cinegrafistas com variados graus de experiência na produção imagética para os noticiários televisivos. A ausência da credencial universitária submeteu o trabalho desses agentes ao dos jornalistas profissionais, que procuraram estabelecer mecanismos de controle para mantê-los à margem do processo produtivo dos telejornais. Entretanto, a profusão de imagens flagrantes exibidas nos noticiários evidencia um problema que merece ser investigado. Nosso objetivo é mostrar quem são e como atuam os amadores, a fim de refletir em que medida a inserção desses agentes no telejornalismo expõe os limites da autoridade jornalística no Brasil.

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