Tipo Doutorado
Ano 2010
Orientador Prof.ª Dr.ª Maria Cristina franco Ferraz
Título Fotografia e tempo: vertigem e paradoxo
Resumo A atualidade está, cada vez mais, saturada de fotografias e esvaziada de duração. Nesse
sentido, a experiência temporal parece ser o elemento central pelo qual se efetuam as
transformações da subjetividade contemporânea, e essa alteração é acompanhada por um
modo próprio de experimentar o tempo através das fotografias. Para pensar as inéditas
dimensões dessa experiência é necessário realizar um recuo histórico e investigar a
constituição moderna do entrelaçamento entre fotografia e tempo. De seu advento às
primeiras décadas do século XX, constituiu-se um tipo de experiência e de imaginário que,
em transmutações permanentes, acabou perseguindo persistente coexistência de tensões
temporais. Nesse percurso a fotografia foi-se tornando um amálgama de tempos, em que
coexistem, em tensão, o mortal e o eterno, o descontínuo e o contínuo, o heterogêneo e o
homogêneo, a relevância e a irrelevância, o acontecimento e o evento, a memória e a
lembrança, a experiência e seu declínio.